A VERDADEIRA LUZ: Nele (o Senhor Jesus) estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Pois a verdadeira luz, que ilumina a todo homem, estava chegando ao mundo e o mundo não o conheceu. João 1:4,9,10

A BOA SEMENTE E O JOIO: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. Mateus 13:24.25

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Uma Historia Natalina. Uma experiença inesquecível. Jean-Louis Mondon.

Composta e publicada por Jean-Louis Mondon

 Uma noite abençoada do Natal 1975 em Nice, França

Há muitos anos, estava trabalhando num restaurante na Riviera Francesa. As festas de fim de ano se aproximavam e com muita expectativa, eu esperava que meu patrão me desse um dia de folga pela véspera de Natal.
Uma semana antes, pedi a ele o dia para eu e meus amigos celebrarmos já que fizemos planos para o fim de ano. A resposta dele foi um NÃO categórico.

Como meu pai sempre dizia que eu tinha o dom da persuasão, insisti mais uma vez, com argumentos que eu acreditava serem incontestáveis. Como último recurso tentando abrir os olhos gananciosos dele, enfatizei que a relação custo/beneficio mostrava que não valia a pena manter as portas abertas, por causa dos gastos de energia, o desperdício da comida, dos salários dos empregados, da lenha para assar a carne cara importada da Argentina, enfim, inclui tudo que era possível, mas foi em vão. Assim é a vida e não podemos ganhar sempre.
 
Fingido para manter as aparências, falei com um tom desenvolto, como se fosse uma promessa implicante: "Você vai ver, ninguém virá comer no restaurante".
 
Chegou a véspera de Natal. Às duas horas da tarde, cheguei ao trabalho, preparamos tudo para os clientes, acendi a churrasqueira para assar a carne, o fogo aquecia o ambiente com as suas chamas atraentes como se fosse uma dança de luz.
 
Meu patrão estava-me olhando com um olhar atrevido e eu retribuía-lhe com um sorriso confiante. Só faltava ganhar minha aposta. Ele, apesar de ter tanta certeza, não faria isso por medo de perder dinheiro, e eu, pelas minhas convicções.
 
Assim passamos algumas horas, a noite chegou e a dança das chamas na churrasqueira reduziu-se a uma pequena brasa.
O proprietário pediu-me que pusesse mais lenha para que se vissem os rostos sorridentes dos empregados aborrecidos. Mas ninguém sorria porque, como eu lhe tinha dito, nem uma alma se dirigia ao restaurante para apreciar este acolhimento caloroso do nosso anfitrião, que se arriscava a perder sua dignidade que, na verdade, só ele atribui-a a si próprio.
Finalmente, após tantas horas, uma dama da terceira idade, solitária aproximou-se da porta e entrou. Finalmente, nosso presente de Natal tinha chegado!
 
Os pensamentos do meu coração suavizavam-se ao pensar que aquela senhora poderia ser a minha avó ou a minha mãe.
 
Geralmente, o patrão não permitia que os empregados se sentassem com os clientes, mas, com um pouco de boa vontade, deixou-me sentar com a única cliente da noite. Compartilhamos uma conversa amigável em que ela contou-me um pouco da sua vida.
 
A experiência foi profunda e ensinou-me que não há dúvida e que cada gesto de amor e bondade é necessário para tornar este mundo um lugar melhor, apenas se tocarmos o coração de uma pessoa de cada vez. Que lição ilustrativa de vida valiosa!
 
Além disso, o meu patrão ganhou uma cliente, mas perdeu dinheiro também porque se sentiu muito culpado ao pedir a esta pobre senhora que pagasse a conta. Eu sugeri a ele não cobrasse. A meu ver, a experiencia de vida foi valiosa especialmente neste tempo de fim de ano. Nenhum de nós perdeu a dignidade e, alguns meses depois, separámo-nos e seguimos caminhos diferentes. 
 
Feliz Natal a todos! Espero que esta estação especial lhes traga alegria e a realização dos seus sonhos no ano que entra. 
 
Jean-Louis Mondon.

quarta-feira, 15 de março de 2023

Vem ao meu jardim – Alem da Porta -- Original 2010 - Revisado 2023

 



Escrito e postado por Jean-Louis Mondon

Enquanto estava ainda sonhando
Contemplando a alvorada tímida
Meu Pai Celestial, O Mestre jardineiro
Despertando-me do meu sonho
Me convidou a pisar além
da soleira e a mergulhar
 no profundo lugar
Com uma Palavra de sua boca
e um brilho no olhar

“Vamos ao meu jardim,
Contemplar a bela criação
Do meu filho amado Jesus.
Lá, no ar resplandecente
Exalando um perfume sublime
Passearemos nas sendas
Chapinhadas de luz,
Cobertas por tons diáfanos.

Juntos numa doce comunhão
Cheios de deleito andaremos
Sobre esta terra, seu lar temporário
Minha boa e maravilhosa criação

Eis, cresce a flor da esperança,
Lá, cresce a flor mais formosa,
Sempre voltada para o sol
De um amor sem igual

O calor brando dos raios
Sempre brilhando em Seus olhos
Cheios de compaixão e misericórdia
Chama o humilde e contrito coração
Levantando os espíritos
Mesmo os mais feridos e abalados

 A frágil beleza de sua essência,
Nunca murchará no esquecimento
Mas morrendo a si mesmo
Se transformará em fruto duradouro
Porque o manancial de agua viva
Que alimentá-la nunca se apagará”.

 Jean-Louis Mondon.
27 de março de 2010


Comentarios previos:

Ester said...
Bonjour, Jean-Louis,
Que belo poema! Que sensibilidade!
Gostei muito, parabéns!
Obrigada por compartilhar conosco
essas preciosidades dos seus tesouros.

beijos,
Ester
December 11, 2007 at 8:18 PM

Laiza Galvão said...
chorei.. nada mais a acrescentar.. obrigada.
August 28, 2011 at 6:34 PMunião

Cheios de deleito andaremos

Sobre esta terra, seu hogar temporario

Minha boa e maravilhosa criação


Eis, cresce a flor da esperança,

Lá, cresce a flor mais formosa,

Sempre voltada para o sol

De um amor sem igual


O calor brando dos raios

Sempre brilhando em Seus olhos

Cheios de compaixão e misericordia

Chama o humilde e contrito coração

Levantando os espíritos

Mesmo os mais feridos e abalados


A frágil beleza de sua essencia,

Nunca murchará no esquecimento

Mas morrendo a si mesmo

Se transformará em fruto duradouro

Porque o manancial de aqua viva

Que alimentá-la nunca se apagará”.


 Jean-Louis Mondon.

27 de março de 2010

Comentarios previos:


Ester said...
Bonjour, Jean-Louis,
Que belo poema! Que sensibilidade!
Gostei muito, parabéns!
Obrigada por compartilhar conosco
essas preciosidades dos seus tesouros.

beijos,
Ester

December 11, 2007 at 8:18 PM


Laiza Galvão said...

chorei.. nada mais a acrescentar.. obrigada.

August 28, 2011 at 6:34 PM