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Por Jofre Garcia
Por Jofre Garcia
Teve uma época em minha vida que decidi conhecer Jesus.
Foi um desejo latente e apaixonante, daqueles que vem para transformar a nossa vida.
Busquei-o em muitas formas e em todas as formas o “jesus” tinha uma forma que não era a sua própria forma.
Então,
como Arquimedes a gritar “eureka!” pelas ruas, acendeu na lógica
racional de minha mente procurá-lo onde Ele pode ser revelado de uma
forma especial e autêntica: na Bíblia.
Foi
então que pude ter a experiência mais complexa e extraordinária de
minha vida: conhecer Jesus Cristo através de Jesus Cristo.
Isso mesmo!
Quando
nos debruçamos nas páginas eternas das Escrituras Sagradas vamos ter um
contato com a Revelação Especial de Deus para as nossas vidas. Passamos
a conhecer Jesus sem nenhum óculo neurótico-religioso de plantão. Isto
quando estamos dispostos a fazer de nossa leitura um momento de
verdadeira alimentação espiritual e encontro com o divino e não para
apenas promovermos um debate religioso.
Descobri, então, estupefato, que não haviam me falado de Cristo.
Muitos
me falaram de religião, e essa como uma instituição de regras humanas e
imposições amargas, que perturbam e traumatizam os corações, que
amputam sonhos e achatam as intenções mais puras e íntimas de nosso ser.
Outros
me falaram filosofias infindáveis e neuróticas, de verdadeiras viagens
teóricas e devaneios lúdicos onde os questionamentos brotam como
incontáveis ondas existenciais, mas não se tem nada de concreto, alias,
nem o nada é alguma coisa.
Ah!
Falaram-me também, de um camarada zangado e enfezado que lançava raios e
maldiçoes sobre tudo e todos e exigia tudo e não se satisfazia com
nada. Andava sempre de olho com aquele jeitão de um disciplinador
severo, pronto para castigar a qualquer momento.
Sabe o que mais?
Falaram-me
de um deus cheio de barganha e negociações tolas e desfavoráveis. Que
afirmavam que ele lhe concedia uma graça, mas essa graça precisava ser
paga com uma promessa ou voto. Então quase entrei em parafuso!
Se for graça é graça.
Porque sendo preciso pagar, já não é mais graça e sim barganha!
Então,
as paginas da Bíblia foram como um copo de água para um sedento
viajante do deserto. Foi como despertar de um torpor que alucinava e
alienava de qualquer compreensão exata do Ser de Cristo.
Nela,
o Espírito Santo revelou (por que é o Espírito Santo que orienta as
nossas leituras e orações) um Jesus Cristo que me faz repousar
tranqüilo, de quem eu posso aprender e lhe suportar o fardo porque ele é
leve, suave. Encontrei um Jesus que não fica pendurado eternamente num
madeiro, e, também não está entronizado numa região celeste inalcançável
pelo pecador, de modo que tem a necessidade dos “santos” intercessores
para mediar tão drástica situação.
Não!
Esse Jesus Cristo habita com todos aqueles que lhe recebem como o
Senhor de suas vidas e junto com o Pai faz morada em cada um de nós,
transformando-nos em fontes vivas que jorram para a eternidade.
Esse Jesus é o meu pão diário onde minha fé é renovada e o meu espírito fortalecido.
Esse Jesus cura as minhas mais uterinas feridas e meus mais profundos traumas dando sentido para a minha existência.
Esse Jesus faz explodir dentro de mim a fé, o amor e a esperança que transforma o mais miserável ser em sal e luz da terra.
Esse Jesus jamais me desampara e me conduz para o seio do Pai para todo o sempre.
- Eu andava perdido e desgarrado, mas foi achado por ti, Senhor.
N’Ele, que me achou com sua Palavra.
***
Jofre Garcia é colaborador do Púlpito Cristão e editor do Auxílio do Alto.
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